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Como uma cidade sem limites, sem horizonte. O Leviathan, a conurbação insensata, o mais alto grau, com as suas ruas e avenidas correndo de um horizonte tapado ao outro, com ao longe a verticalidade magnífica dos arranha-céus desenhando-se. E esto é apenas Manhattan, uma ilha, uma língua de terra perdida no meio doutras cidades ainda mais imensas e extensas.
Uma cidade irreal, feita da acreção e da justaposição de imaginários, ao mesmo tempo a Metrópolis de Fritz Lang e à do Super-Homem, a Gotham City de Batman com asas de sombra e o cenário de filmes, Al Pacino andando na ponte de Brooklyn à noite.
Uma cidade que se aprecia com distância ou vista do céu, sob pena de só ver ali um cenário de cinema, uma série de planos vazios, sem dimensões, placados uns atrás dos outros para figurar uma profundidade de campo, privada desta humanidade em que ela se move na sua própria escala.